Compartilhando experiências exitosas de trabalho em rede, envolvendo sustentabilidade de bibliotecas e ações de incentivo à leitura, os especialistas Guilherme Relvas, diretor do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do Ministério da Cultura (MinC), e Elaine Pinheiro, da ONG Recode, abordaram o tema ‘Bibliotecas em Rede’ durante programação da 11ª Feira do Livro de São Luís.

A roda de conversa aconteceu na tarde de sexta-feira, 17, e reuniu integrantes da rede de bibliotecas comunitárias, profissionais de biblioteconomia, gestores públicos e estudantes.

Guilherme Relvas ressaltou a importância do engajamento das bibliotecas com a comunidade. “Quando a rede cresce com a participação de vários parceiros, o movimento toma outra proporção, é um caminho viável que tem dado certo em vários estados”, pontuou.

Um pequeno exemplo de trabalho em rede que deu certo em Belém, contou Guilherme, foi o Sarau Poético e Literário, que começou pequeno e hoje, com a participação de vários parceiros, escritores, bibliotecários, fundação cultural, pessoal do mundo editorial, ampliou o público alcançando bairros da periferia e dobrando o recurso para o projeto. “Um bom barulho que hoje acontece todo mês e o evento já está partindo para saraus regionais em todo o estado”.

A diretora da Biblioteca Pública Benedito Leite, Aline Nascimento, destacou entre os projetos realizados pela Biblioteca, a Campanha Estadual de Incentivo à Leitura, que começou em 2015 e tem ampliado a sua relevância na comunidade. “No ano passado conseguimos a adesão de 23 parceiros e 35 municípios, e isso foi fundamental para que a programação tivesse o resultado esperado, um dia inteiro de atividades integradas de leitura, cultura e educação”.

Elaine Pinheiro, da ONG Recode, apresentou as ações do comitê nacional de coalizão para a sustentabilidade das bibliotecas e outros programas integrados, como o “Conecta Biblioteca’ que tem por objetivo aproximar a comunidade e atrair novos usuários para esses equipamentos culturais. “Como ser um espaço vivo de convivência, como aumentar a relevância social da biblioteca na comunidade, descobrir parcerias, comitês de jovens, são todas esses os caminhos que precisamos desenvolver”.

Para Wandeth Cunha, da Rede Nacional de Bibliotecas Comunitárias, existe um discurso comum nos dias de hoje que o brasileiro não gosta de ler. “Isso não é verdade e quem trabalha com bibliotecas comunitárias sabe muito bem que a questão não é essa, o que falta é democratizar o acesso ao livro e à leitura, o livro é que não chega a todos”, finalizou.

Fonte: Governo do Maranhão

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