Confira algumas situações ainda recorrentes na sociedade sobre a esclerose múltipla.

Nesta sexta-feira (30) é comemorado o Dia Nacional de Conscientização sobre Esclerose Múltipla. A data foi instituída em 2008, em comemoração ao aniversário da fundadora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), Ana Maria Amarante Levy.

Motivada com o intuito de elucidar as questões envolvendo essa importante doença neurológica, infelizmente, ainda imersa em muito preconceito e desinformação pela sociedade civil. Por isso, vamos analisar o que é verdade e o que é o mito em relação a esclerose múltipla.

A esclerose múltipla acomete apenas idosos

Mito! Ao contrário do que é repassado, essa é uma patologia frequente em adultos na faixa etária entre os 20 e 50 anos e idade, em especial, mulheres – três para cada um homem –, com uma proporção maior em caucasianos.

Estima-se que existam cerca de 30 mil brasileiros diagnosticados com esclerose múltipla e em torno de 2,5 milhões pelo mundo. De acordo com especialistas, a incidência é maior em zonas temperadas do planeta, como os países do hemisfério norte, onde a estimativa de casos é maior que 80 em cada 100 mil habitantes.

A esclerose múltipla é uma doença degenerativa

Mito! Essa é a desinformação mais comum. A esclerose múltipla compromete o sistema nervoso central (SNC), afetando as regiões do cérebro, cerebelo, tronco encefálico e medula espinhal, se tratando de uma doença inflamatória. Com isso surgem focos inflamados em alguma região que passa a funcionar com dificuldade, gerando fraquezas, perda de sensibilidade, tonturas ou problemas de visão.

Existe apenas um tipo de esclerose múltipla

Mito! Existe a Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR) ou “surto remissão”, onde se decorrem surtos com sintomas de maneira súbita com posterior recuperação parcial ou total. Em seguida, a Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP), no qual a doença evolui sem crises, mas através de sintomas acumulados pelo tempo de progressão da doença.

Por fim, há a Esclerose Múltipla Secundária Progressiva onde os sintomas de apresentam de forma lenta e progressiva. Pacientes que possuem EMRR podem desenvolver este quadro.

Os sintomas variam em cada paciente, considerando o que pode atacar o sistema nervoso, porém o mais comum é a inflamação do nervo óptico, provocando uma diminuição na visão acompanhada de dor atrás do olho. Outros sintomas triviais são:

– Perda de força e fadiga generalizada;

– Alterações na sensibilidade;

– Problemas urinários.

A esclerose múltipla não tem cura

Verdade! Porém, tem tratamentos. Eles buscam controlar e interromper a atividade inflamatória e os surtos provocados pela patologia, sempre garantindo ao paciente uma melhora em sua qualidade de vida.

Uma forma de tratamento vital é a neuroreabilitação, pois previne complicações, tais como as deformidades ósseas, utilizando substâncias imunomoduladoras.

Trata-se de uma doença contagiosa ou hereditária

Mito! A esclerose não é uma doença que se pega sob nenhuma forma de contato. Quanto a questão da hereditariedade, muito é discutido se existe alguma propensão genética para isso. Alguns estudos sugerem que alguns fatores genéticos podem tornar algumas pessoas mais suscetíveis a desenvolver a doença, mas nada ainda sem comprovação efetiva.

O paciente fica limitado para o resto da vida

Mito! Ter a esclerose múltipla não significa um fator limitante para o dia a dia do paciente. Com o diagnóstico precoce, seguido de um tratamento eficaz, a pessoa pode ter uma vida pessoal, profissional e acadêmica segura. Dentro de certas limitações físicas, basta adaptar os espaços da casa ou do local de trabalho mediante às atuais capacidades e necessidades do profissional.

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