O psicólogo não se limita ao divã no estudo do comportamento e das funções mentais: ele tem importância também no sistema público de saúde.

O termo “psicologia” é originário do grego psyche (significa “mente’ ou “alma”) e logos (“conhecimento” ou “estudo”). Portanto, Psicologia pode ser interpretada como o “estudo da mente”.

É muito comum remeter a figura do psicólogo como aquele profissional responsável por abordar o comportamento humano, lidando com os sentimentos, traumas e crises de seus pacientes em um consultório médico. A figura do divã no qual a pessoa se deita durante a sessão com o especialista faz parte do imaginário comum que temos sobre essa área.

Em virtude ao Dia do Psicólogo, celebrado 27 de agosto em todo o Brasil, vamos entender melhor a importância desse profissional, destacando sua atuação não apenas em clínicas ou hospitais, mas também como parte fundamental da atenção básica de saúde em todas os núcleos sociais.

A psicologia na atenção primária à saúde

O foco da atenção básica é a prevenção e conscientização sobre os cuidados com a saúde, desde a infância até a vida adulta, focando a prevenção de doenças. Sendo a Psicologia uma área médica dedicada à mente humana, não é impossível associar o psicólogo junto a um trabalho preventivo nas esferas familiar, profissional e social no sistema de saúde pública.

Podemos destacar os trabalhos do corpo de psicólogos que atuam na saúde indígena dos DSEIs Amapá, Maranhão, Pará e Tocantins, se estabelecendo cada vez mais como importante dispositivo para o cuidado diferenciado e qualificado aos povos tradicionais.

Assim como um outro especialista investiga uma parte do corpo acometida por algum sintoma, o profissional da saúde básica analisa os traumas e limitações da mente do paciente através de métodos de escuta e observação, sempre mantendo a empatia e a sensibilidade. A partir disso, indica caminhos que possibilitem o acompanhado a superar seus bloqueios e viver com melhor qualidade de vida.

Os recursos empregados pelo médico podem variar entre a psicanálise, a psicoterapia, o psicodiagnóstico, a ludoterapia (tratamento que utiliza métodos lúdicos, como jogos e brincadeiras) ou a orientação a pacientes com doenças crônicas.

As várias áreas do “estudo da mente”

Os campos de atuação da Psicologia são diversos, não se limitando apenas ao atendimento clínico.

O psicólogo pode se decidir entre trabalhar na atenção primária à saúde na equipe de hospital, auxiliando pacientes e seus familiares, ou em centros de referência de assistência social, como asilos, penitenciárias e órgãos públicos, com ênfase na saúde mental da população.

Na educação, ele oferece suporte a alunos com limitações de aprendizagem ou por meio da orientação profissional, além de colaborar no corpo docente para a criação de projetos educacionais em creche, escolas e faculdades. Outra opção é a área esportiva para orientar e preparar emocionalmente os atletas durante competições e promover a harmonia entre os membros de equipes e times.

Setores de marketing de empresas e agências de publicidade lidam com a psicologia através de estudos de comportamento dos grupos de consumidores.  A psicologia no trânsito é voltada para avaliação psicológica em condutores e ações socioeducativas nas vias urbanas. A área do trabalho, que seleciona funcionários para as empresas nos setores de Recursos Humanos, estimulando o bom convívio e desenvolvimento profissional.

Por fim, a neuropsicologia no acompanhamento e pesquisa da cognição, das emoções, da personalidade e do comportamento sob o enfoque da relação entre esses aspectos e o funcionamento cerebral.

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