A quarta mamãe a participar da nossa série de entrevistas sobre o Agosto Dourado até se espantou com a semelhança da sua trajetória com a das outras mulheres. “É bem parecida com a minha história!”

Assim como as anteriores, Julyele Araújo Lima também passou por um tempo de calmaria durante a gestação de Moisés Araújo Costa, nascido em 28 de abril deste ano; experimentou as adaptações após o parto e descobriu que a amamentação está longe de ser o que se lê nas revistas. O que a torna única são justamente os seus aprendizados.

 “Minha gravidez foi maravilhosa”, conta July. “Tiveram algumas dificuldades normais, enjoos no primeiro trimestre, a dores nas costas… Mas foi bem tranquila. Eu só senti mesmo a dor do parto”

Bem no começo, a mamãe sentiu dificuldades nas primeiras alimentações do pequeno Moisés: “No início foi muito difícil, porque eu não sabia amamentar. Ele [o bebê] não sabia ordenhar o seio. Eu recebi ajuda no Banco de Leite, e elas me orientaram por três dias seguidos. No terceiro dia, eu já estava amamentando corretamente. Hoje ele mama por livre demanda mesmo”.

É importante as mães saberem que podem contar com técnicas das competentes profissionais do Banco de Leite para lidar com as adversidades: “Eu tive técnicas que as enfermeiras do Materno [Infantil] me ensinaram, como a posição de pegar, como pegar nos seios, a ordenhar para quando empedrar, utilizar compressas de água gelada de 10 minutos para quando o seio ficar bem cheio e não conseguir retirar o leite”.

O ingurgitamento mamário é conhecido popularmente como “empedrar o leite materno”. É uma condição caracterizada pelo acúmulo de leite, causando dor e aumento do volume das mamas. O leite acumulado sofre uma transformação molecular, ficando mais viscoso, o que dificulta a sua saída.

July também reforça a importância de se manter unidas com outras mulheres, e acrescenta uma novidade a essa reportagem. “Conheci outras mães no grupo [de WhatsApp] de doulas”.

Doula é uma assistente de parto que acompanha a mamãe durante o período da gestação até os primeiros meses após o parto, com o intuito de proporcionar informação, acolhimento, apoio físico e emocional às mulheres durante a gravidez, o parto e o pós-parto. São mais um acréscimo para manter o bem-estar da mãe e do bebê.

Alimentação

 “Durante a gestação, eu cuidei bastante em relação à alimentação”. July recebeu orientações sobre manter uma dieta equilibrada para que isso não venha afetar a nutrição do bebê. “Eu fazia o possível para almoçar bem, comer saudável. Mas depois que eu tive ele, eu tive de ser bem mais cautelosa por causa das cólicas. Então, eu me restringi de muitas coisas. No almoço, sempre legumes, vegetais, peixes”.

E sobre o cardápio voltado para a produção de leite, ela dá a dica: “Bastante água, bastante suco e sopas”.

Reações

“Essa fase que a gente não consegue amamentar, dá um desespero tão grande!” Assim como suas companheiras de amamentação, Julyele também sentiu a decepção por não conseguir alimentar o seu pequeno. “Porque a criança começa a chorar, a mãe entra em desespero, o pai, a família inteira. E quando eu consegui foi uma alegria tão grande”.

Sem fugir da regra, ela dá a sua opinião sobre amamentação em público. “Eu já amamentei bem pouco. No shopping, na praça de alimentação. Eu fico tão concentrada em mim e ele, que eu nem percebo se alguém falou alguma coisa”.

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