A disposição de Theodoro de Freitas Guimarães Rocha combina com o seu nome poderoso. A criança que completa em breve um ano e quatro meses de vida explora a casa onde mora, sempre sob o olhar atento de sua mãe, Maria Aparecida. “Ele não para!”, afirma às gargalhadas.

Com um filho já grandinho, Maria Aparecida Barbosa de Freitas lida com a temática da amamentação de uma forma mais bem desenvolvida. “É difícil contar quantas vezes ele mama, porque é bem livre mesmo. Ele pede e mama”. Ela conta que já inseriu a alimentação tradicional para o filho. “Almoça, janta e lancha. E também mama antes de dormir”.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) é recomendado que a introdução alimentar comece a partir dos 6 meses de idade, sendo que, até lá, a amamentação deve ser exclusiva e em livre demanda. No entanto, mesmo com a alimentação já estabelecida, é indicado que continuar no leite materno até os 2 anos, ou mais.

A longevidade da amamentação trouxe uma experiência maior para Maria Aparecida nesse primeiro ano. “Hoje em dia é absolutamente tranquilo e natural. Não tenho dificuldades em produzir leite e a demanda está estabilizada pro tanto que eu produzo”. Mas no começo não foi assim. E por orientação da pediatra, a mamãe buscou o auxílio do Banco de Leite.

O Banco de Leite Humano (BHL) possui uma equipe multiprofissional, preparada para oferecer toda a assistência a mãe e ao bebê, podendo, inclusive, fazer a coleta domiciliar. Funciona de segunda a sexta, na Unidade Materno Infantil, das 07h às 19h.

“Eu não sabia amamentar, eu tive de aprender! Eu não sabia se ele estava realmente comendo, e nos primeiros dias, ele perdeu peso. Eles [os profissionais do Banco de Leite] me deram várias orientações”, afirma a mãe.

Quanto aos seus hábitos alimentares, Maria Aparecida confessa ter tido mais atenção durante a gravidez. “Depois de uns três meses, eu percebi que o que eu como não necessariamente afeta ele, então, eu relaxei. Ele não tem cólicas”. E dá uma dica fundamental para ajudar as outras mamães com a baixa demanda de leite: “Beber muita água influencia na produção”.

Olhando a sua prática, nem imaginamos que a mamãe passou por um processo que pode prejudicar o bom desenvolvimento do aleitamento materno: a autocobrança. “É muito desesperador achar que não vai dar conta de amamentar! Existe uma cobrança e um desejo muito grande da mãe, ainda mais se você for de primeira viagem. E tudo é mais importante quando você aceita que está disponível para o bebê”.

A calma traz um estímulo das mamas, pois libera oxitocina, componente que ajuda a descer o leite. E a mamãe complementa: “Ter calma, tentar ficar o mais paciente possível, porque é muito estressante passar pelo processo de ter bebê e isso influencia diretamente na amamentação. Pra quem tem dificuldade, essa é uma dica valiosa!”

Quando questionada sobre a amamentação em público, ela afirma que nunca teve problemas e reforça a seriedade de alimentar o filho. “Isso pra mim é muito natural! Não tenho vergonha ou necessidade de cobrir, nunca fui constrangida por isso. Dar de mamar é sagrado”.

 

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