A Etapa Distrital Amapá e Norte do Pará da 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (6ª CNSI) levou cerca de 100 pessoas para a capital Macapá na segunda-feira (17). De voadeira, de avião, de ônibus ou automóvel de menor porte, todos chegaram em tempo para participar da solenidade de abertura, realizada na manhã da terça-feira (18). “Esta Conferência é a oportunidade que temos de avançar no que já conquistamos e colocar novas questões em pauta, encaminhando diretrizes para a nova PNASPI (Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas)”, lembrou o coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Norte do Pará (DSEI), Silney Anika. “Se queremos melhorias, o momento de opinar é agora, na CNSI”, disse o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), Wellisson Narciso.

Até a quinta-feira (20), os 96 delegados eleitos nas Etapas Locais vão escolher, dentre as 100 propostas encaminhadas para a Etapa Distrital, as 70 que vão para o relatório final, que, por sua vez, serão enviados para a Etapa Nacional, marcada para maio de 2019, em Brasília. As discussões giram em torno de sete eixos temáticos, envolvendo desde questões relacionadas ao financiamento até determinantes e condicionantes sociais da saúde indígena. “Nós sabemos quais são as consequências da perda do território, da degradação do ambiente ou da perda das tradições culturais e elas não são boas”, lembrou o representante do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena (CISI), Élio Araújo de Oliveira, que é do Mato Grosso do Sul.

Após a abertura, o restante do dia foi dedicado a exposições sobre os sete eixos da Conferência: Articulação dos sistemas tradicionais indígenas de saúde; Modelo de atenção e organização dos serviços de saúde; Recursos humanos e gestão de pessoal em contexto intercultural; Infraestrutura e saneamento; Financiamento; Determinantes sociais de saúde; e Controle social e gestão participativa. As exposições foram realizadas pela própria equipe do DSEI, com a contribuição do coordenador-geral do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde no Amapá, Roberto Bauer, que tratou do tema controle social e gestão participativa, em que apresentou as muitas instâncias de controle social, controle interno e externo do setor público.

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