Atendimentos contabilizam ações de vacinação, saúde bucal, vigilância alimentar e nutricional, consultas de pré-natal, promoção e prevenção à saúde

  O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), ampliou o número de atendimentos nos territórios indígenas em 400% nos últimos quatro anos. A ação da SESAI é voltada para uma população de 765 mil indígenas, que vivem em 5.614 aldeias, no país. Entre 2014 e 2018, a SESAI contabilizou 16,2 milhões de atendimentos a essas populações com ações de vacinação, saúde bucal, vigilância alimentar e nutricional, consultas de pré-natal, de crescimento e desenvolvimento infantil, de promoção da saúde e prevenção de agravos, entre outras atividades que ajudam a melhorar a qualidade de vida e a situação de saúde das populações indígenas.

   Em 2014, foi 1.1 milhão de atendimentos de vários serviços de saúde; no ano de 2015, os dados registram 1,6 milhão. O crescimento tem sido ampliado ano a ano. Em 2016, foram 2,8 milhões; no ano de 2017, quase o dobro do ano anterior com 4,8 milhões de atendimentos. E este ano, até novembro, já foram registrados 5,6 milhões de atendimentos, alcançando todas as comunidades indígenas, desde aquelas mais próximas a grandes centros urbanos até povos isolados e de recente contato.

  O Secretário Especial de Saúde Indígena, Marco Toccolini, esclarece que a SESAI, “com a missão de promover a atenção básica à saúde dos povos indígenas, busca o aprimoramento constante de suas ações em saúde e saneamento básico nas aldeias, sempre observando e respeitando as práticas de saúde e os saberes tradicionais e articulando com os demais gestores do SUS a promoção de atividades complementares e especializadas, com controle social”.

  Atualmente, a SESAI conta com 13.989 profissionais para garantir a assistência primária à saúde e saneamento ambiental nos territórios indígenas. São 360 Polos Base e 68 Casas de Saúde Indígenas (CASAI) que prestam atendem a 305 etnias, de povos de 274 línguas e 597 terras indígenas. Para viabilizar essa assistência, a SESAI utiliza transportes aéreos (aviões e helicópteros), terrestres (caminhonetes, caminhões, vans) e aquáticos (barcos) para a remoção de pacientes em consultas médicas, atendimentos de urgência e emergência e no transporte das Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) em áreas específicas de programas desenvolvidos pelo Ministério da Saúde.

EQUIPES MULTIDISCIPLINARES DE SAÚDE INDÍGENA

  As Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) da SESAI realizam os atendimentos nos territórios dos DSEI, braços da Secretaria responsáveis pelo planejamento, coordenação, supervisão, monitoramento, avaliação e execução das atividades do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena do SUS (SasiSUS).

  As EMSI são formadas por médico, dentista, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliar de saúde bucal, Agente Indígena de Saúde (AIS) e Agente Indígena de Saneamento (AISAN). Atualmente são 493 médicos; 488 dentistas; 1.476 enfermeiros; 3.411 técnicos de enfermagem; 58 auxiliares de enfermagem; 373 auxiliares de saúde bucal, 4.412 Agentes Indígenas de Saúde (AIS); 2.164 Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) e 5.222 profissionais de outras categorias. Desse total, 57% são indígenas, distribuídos da seguinte forma: 100% de Agentes Indígenas de Saúde (AIS); 57% de técnicos ou auxiliares de saúde bucal indígenas; 28% de técnicos ou auxiliares de enfermagem indígenas e 9% de enfermeiros indígenas.

  No conjunto das ações de saúde desenvolvidas pela SESAI, há outras atividades, como, por exemplo: construções de estruturas físicas de saúde, sistemas de abastecimento de água e saneamento, compras de veículos terrestres e barcos, aparelhos de radiofonia, equipamentos médico-hospitalares, além de outros materiais e equipamentos referentes a saneamento e edificações.

CONTROLE SOCIAL

  A SESAI garante a participação indígena nos órgãos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das políticas públicas de saúde. Esse envolvimento se dá por intermédio dos Conselhos Locais de Saúde Indígena (CLSI), Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi) e Fórum de Presidentes de Condisi (FPCondisi), que são responsáveis por fiscalizar, debater e apresentar propostas para o fortalecimento da saúde de suas comunidades.

  Os 390 CLSI existentes são uma instância permanente, consultiva e propositiva composta por 5.709 conselheiros indígenas. É a partir dos debates e discussões nessa instância que são identificadas as necessidades de ações e serviços de saúde apresentadas aos gestores locais. Os Condisi, constituídos legalmente nos 34 Distritos de Saúde Indígena (DSEI), têm caráter permanente e deliberativo e são compostos paritariamente por usuários (50%), trabalhadores (25%) e gestores / prestadores de serviço em saúde (25%). São 1.564 conselheiros distritais. E o FPCondisi, composto pelos presidentes dos 34 Condisi, é uma instância permanente, propositiva e consultiva, criada para acompanhar a execução da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI), entre outras ações.

SECRETARIA ESPECIAL DE SAÚDE INDÍGENA – SESAI

  Indígenas, uma população diferenciada que conta com assistência básica de saúde personalizada e que respeita e valoriza as práticas e a medicina tradicional desse grupo social. Assim é o trabalho desenvolvido pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), órgão do Ministério da Saúde (MS) criado em 2010 para garantir atenção primária à saúde dos indígenas a partir da Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas (PNASPI).

  A PNASPI propõe a estruturação de um modelo diferenciado de atenção à saúde, baseado na estratégia de execução pelos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) existentes, como forma de garantir os direitos preconizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). São direitos de acesso universal e integral à saúde, que atendem às necessidades das comunidades e envolvem os indígenas em todas as etapas do processo de planejamento, execução e avaliação das ações em saúde.

Fonte: http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44886-em-quatro-anos-atendimentos-de-saude-aumentam-400-em-areas-indigenas

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